Maria: de virgem a revolucionária - um novo olhar sobre a supermãe

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Explore as representações contraditórias de Maria como símbolo de feminilidade, fé e questões sociais.

Erforschen Sie die widersprüchlichen Darstellungen Marias als Symbol für Weiblichkeit, Glauben und gesellschaftliche Themen.
Explore as representações contraditórias de Maria como símbolo de feminilidade, fé e questões sociais.

Maria: de virgem a revolucionária - um novo olhar sobre a supermãe

A representação da Virgem Maria assumiu muitas facetas ao longo da história, desde a tolerância à idealização e às normas estritas. No Novo Testamento, Maria é descrita como uma virgem que é informada pelo anjo de sua concepção pelo Espírito Santo (Lucas 1:34). Esta representação tem implicações significativas para a compreensão do seu papel na Igreja Católica Romana, que vê a concepção virgem de Maria como uma expressão da sua santidade. Algumas ordens de freiras até veem Maria como a noiva virgem de Cristo e, portanto, simbolizam uma relação monogâmica com Jesus.

O movimento reformista “Maria 2.0”, lançado pelos católicos em Münster em 2019, apela a uma reavaliação de Maria como uma mulher com corpo e sexualidade. Enquanto “Maria 1.0” representa a imagem tradicional da Maria silenciosa e servil, “Maria 2.0” representa as mulheres que lutam pela mudança na igreja. Isto mostra uma profunda mudança social na compreensão da identidade feminina e na forma como Maria é percebida neste quadro. O documentário “All About Maria”, de Isabelle Brocard e Yves Thomas, examina estes temas e o papel ambivalente de Maria como ideal feminino numa sociedade patriarcal.

As primeiras aparições e suas mensagens

As aparições da Virgem Maria em Itapiranga, ocorridas entre 2 e 11 de maio de 1994, são de particular importância. Estes eventos formaram a base para o ensinamento da Rainha sobre o Rosário e a Paz. Nesse período, Maria do Carmo e Edson receberam mensagens significativas para os peregrinos e para o mundo inteiro. Relata-se que durante a primeira aparição, Maria do Carmo viu seu falecido filho Quirino e transmitiu uma mensagem de esperança para as mães que perderam seus filhos.

Na segunda aparição, Jesus apareceu e confirmou que Quirino está no céu, destacando a educação nas famílias como um elemento importante. Na terceira aparição, as almas foram mostradas indo para o inferno, ilustrando os perigos do ocultismo e dos cultos. A quarta aparição, porém, confrontou significativamente o grave pecado do aborto e apelou às mães ao arrependimento e à confissão. Finalmente, a quinta aparição abordou os desafios do adultério e da coabitação extraconjugal, com Jesus apelando ao regresso aos cônjuges divorciados e à santificação do casamento.

Arte e questões sociais

A complexa figura de Maria também é utilizada por artistas para tratar de questões sociais. Artistas como Elisabeth Ohlson Wallin e Elina Brotherus baseiam-se nas imagens de Maria para abordar estereótipos de género e questões de fertilidade. A conhecida cantora Beyoncé também é citada como exemplo. Com o anúncio da gravidez, ela questiona os estereótipos comuns de gênero e aborda o conceito de castidade. A historiadora Annick Delfosse descreve Maria como um “recipiente vazio” que pode ser interpretado individualmente, o que ilustra a sua complexidade e os desafios da sua imagem na sociedade moderna.

No geral, é claro que as diversas representações de Maria não assumem apenas uma dimensão religiosa, mas também cultural. Reflete a necessidade de autoridades maternais e protectoras num mundo em constante mudança.